Opa, e aí, povo abençoado dedeuzo, como vão?
Lá vamos nós falar mais uma vez de política. Ê laiá! E dessa vez falar de um assunto que soaria estranho em democracias consolidadas: a influência da religião, e de temas religiosos, no discurso político. Tá, nos EUA a religião também tem muita influência sobre a política, mas não da forma hipócrita como se vê por aqui.
Agora Dilma e Serra disputam quem é o mais religioso, quem frequenta igreja a mais tempo, quem tem o apoio do pastor mais influente. Dilma tem o Pastor Manuel Ferreira e Serra tem o Pastor Silas Malafaia, ambos do Rio e da igreja Assembleia de Deus (pela nova ortografia, “assembleia” nao tem mais acento, viu? rs). Dilma e Serra se duelam pra conseguir o maior número de padres para sua campanha. Dilma, a ex-comunista que nunca na vida foi religiosa, agora se diz uma mulher de fé. Serra grava programas lendo a Bíblia. O resultado só poderia ser um: mais uma vez vemos propagandas hipócritas na TV, cheias de gente cara de pau pedindo votos e o pior: usando o nome de Deus para isso.
Aborto, casamento gay, esses e outros temas, quando vistos sob o ponto de vista religioso, tendem a se tornar tabu, motivo de preconceito e, o pior, piadinha. Eu acredito que Deus existe e acredito que é importante que cada pessoa tenha uma religião. Mas é preciso limitar as coisas: religião é religião, e política é política. Não se pode misturar as duas coisas.
Cada um com sua religião, com seu ponto de vista, com suas escolhas. Só quando tivermos essa consciência podemos nos dizer pessoas inteligentes.
Religião e Política: tudo junto e misturado
